domingo, 13 de fevereiro de 2011

Planejamento de Trilhas em uma Unidade de Conservação

Por: Ms. Adalgisa Bandeira de Araujo
Pedagogia (Ufac) Mestre em Turismo (UnB)
O planejamento de implantação de trilhas em uma Unidade de Conservação (parques, reservas, etc.) em que há potencial, deve ser precedido de um estudo sistemático do ambiente. A análise e observação atenta possibilitará acesso a uma maior variedade de atrativos com respeito aos habitantes do lugar (pessoas, animais, insetos, plantas, acidentes geográficos naturais e artificiais, etc.) sem que haja sobrecarga ou conflitos ao ambiente.
Deve-se levar em consideração, ainda, fatores como variação climática, em função das estações do ano; informações técnicas (pesquisas, mapas, fotografias, informações dos moradores, etc.) disponíveis sobre a região, considerando ainda, a probabilidade de uso futuro, as características de drenagem do solo, a vegetação, topografia, e ainda, a finitude do projeto.
Certamente, as características históricas e culturais devem ser pesquisadas e ressaltadas, a fim de otimizar as informações e dar dimensão educacional às trilhas. A concepção e desenho desta dependem também dos acessos - tanto para percorrê-la como para socorro (indispensável) -, do tempo de uso, de quem e qual veículo a utilizará (pessoas, animais, carroças, bicicletas, outro) proporciona originalidade, confiança e segurança ao produto de caminhada. Ainda é preciso, antes de uma trilha ser traçada, identificar a procedência da clientela.
Todos estes fatores influenciarão na capacidade de carga e suporte que apontará a quantidade de visitas que a trilha suportará sem que gere impactos inaceitáveis ao meio ambiente e a capacidade de desenvolvimento da mesma.   São estes fatores que creditará uma trilha sustentável para uma área de preservação ambiental.